Educação

Caravana do Cpers alerta professores sobre o voto consciente nas eleições

Desde segunda-feira, a comitiva passou por seis municípios da Zona Sul e segue para Bagé

Gabriel Huth -

A Caravana do Cpers em Defesa da Escola Pública pelo Estado chegou à Zona Sul com um discurso temeroso sobre o futuro da educação. Depois de passar por Rio Grande, na segunda-feira (13), na terça foi a vez dos professores de Pelotas apresentarem suas demandas ao Sindicato. Na sala 213 do Instituto Estadual de Educação Assis Brasil (IEEAB), o maior educandário da 5ª Coordenadoria Regional de Educação (5ªCRE), cerca de 30 professores ouviram o apelo da presidente Helenir Aguiar Schürer sobre a valorização do voto no dia das eleições. "O importante é que não sejam votados projetos que darão continuidade ao Estado mínimo, imposto pelo atual governo", alertou. À tarde, o encontro foi no colégio Pedro Osório.

Diante de uma plateia indignada com a estagnação da classe, a presidente lembrou que pela situação política atual, a tendência é o fim da obrigatoriedade do ensino. "Isso é um retrocesso. Como se voltássemos aos anos de 1930." A sindicalista lembrou ainda sobre a possibilidade da municipalização do Ensino Fundamental, o que levariam professores a prestar novos concursos.

Entre as reivindicações, Helenir ouviu demandas como o desgaste psicológico que a categoria enfrenta depois de três anos recebendo salários parcelados. O presidente do 24º Núcleo do Cpers, Mauro Amaral, lembra ainda que funcionalismo está sem reposição desde novembro de 2014. Pelo cálculo do Cpers, se for considerar a inflação do período, o índice fica em 23,29%. "No encontro do Sindicato com o governo Sartori na semana passada, o Executivo ratificou o reajuste zero para o funcionalismo." Já na comparação com o Piso Salarial Nacional do Magistério, os servidores em educação no Rio Grande do Sul recebem apenas 51,3% do exigido por lei (R$ 2.455,00).

Sob pressão
A sobrecarga dos servidores aumenta para quem tem cargo diretivo. "Constantemente são cobrados censos, sendo que passamos quase o dia na escola, sob ameaça de corte de verbas, caso relatórios não sejam entregues", admitiu uma servidora. A diretora do IEEAB, Magna da Gloria Silva Lameiro, que também é professora de Química, vai além dos problemas burocráticos e lamenta o desmanche da escola básica.

Cronograma
Além de Rio Grande, que é sede do 6º Núcleo, a comitiva passou por São José do Norte, Santa Vitória do Palmar e Chuí, quando foram visitadas 35 escolas. No 24º Núcleo, 20 educandários receberam o grupo de Porto Alegre. A 5º semana da jornada de debates com a categoria em todos os 42 núcleos do Cpers segue nesta quarta para Bagé.

 

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